5 santos missionários que você precisa conhecer!

Há uma multidão de santos missionários na Igreja e o mês de outubro é especialmente dedicado às missões. No entanto, é impossível falar de santidade sem falar de vida missionária, uma vez que testemunhar Jesus Cristo na vida e nas obras é um dever de todo batizado.

Mas como o mês de outubro está cheio de santos missionários, escolhemos alguns para falar neste post e enriquecer a fé e a vida de cada um de nós. Vamos a eles:

São Francisco de Assis entre os santos missionários

São Francisco de Assis era filho de um rico comerciante italiano. À época em que viveu, a nobreza se conquistava com batalhas, os cavaleiros eram reconhecidos e tinham muito prestígio; não diferente dos jovens do seu tempo, Francisco também queria fama.

Mas ele não sabia o que o esperava na batalha. Foi então para guerra a fim de tornar-se cavaleiro, porém adoeceu e foi preso. Na prisão foi a presença de Deus o visitou, e a intenção de ser um nobre transformou-se em serviço a Deus e aos homens.

Após essa profunda experiência divina, ele trocou a família e todas as riquezas que possuía pela vida de oração e evangelização; viveu como um pobre, totalmente desapegado do mundo e o seu testemunho atraiu outros ao mesmo caminho.

E assim nasceu o franciscanismo, uma das ordens religiosas mais conhecidas da Igreja, a partir da vida missionária de São Francisco. Basta lembrar que Santo Antônio foi um dos santos missionários evangelizados pelo pobre de Assis.

Os santos missionários têm em São Francisco um belo testemunho de amor ao crucificado, às criaturas e à Virgem Maria; ele também inspirou um ramo feminino chamado “Clarissas”, que vivem a missão na clausura, rezando pela humanidade.

Os santos missionários na clausura 

Como uma freira que não saía do convento está entre os santos missionários? Trata-se de Santa Teresinha, que entrou para a vida religiosa aos 15 anos e logo começou sua missão dedicando-se a rezar pela conversão das almas e dos sacerdotes.

A santa nasceu em Alençon (França), em janeiro de 1873. Sua família tinha ótimas condições financeiras e temiam a Deus. Foram nove filhos; quatro morreram crianças, ficando cinco mulheres que se tornaram freiras: Maria, Paulina, Leônia, Celina e Teresa.

Teresinha trazia no coração um desejo ardente de ser missionária e anunciar o Evangelho aos cinco continentes. Ela enfrentou muitas dificuldades no convento e respondeu aos desafios com gestos simples de amor e serviço.

E tudo se tornou missão para Santa Teresinha, até a tuberculose foi um meio de oferecer a Deus as dores pela salvação das almas. Mas o amor a Deus inspirou a Pequena via ou Infância espiritual – um caminho de abandono confiante nas mãos do Pai.

Sendo assim, Santa Teresinha transbordou a vida missionária através do seu relacionamento com Deus que serviu como um caminho espiritual para todas as pessoas que desejam amar a Deus através da simplicidade, confiança e abandono.

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São João Paulo II: “Tottus tuus, Maria.”

São João Paulo II colocou em prática suas palavras quando disse: “O Papa deve ser o primeiro missionário, esforçando-se por imitar o exemplo de Cristo”, e assim ele fez. Visitou inúmeros países e permaneceu em missão até seu encontro definitivo com Cristo que o colocou entre os santos missionários.

Dotado de uma personalidade carismática, grande capacidade comunicativa e um estilo pastoral fora dos esquemas, ele tornou-se papa aos 58 anos e sua juventude permitiu que desenvolvesse uma intensa atividade missionária.

Mas o que dizer de um homem que fez 104 viagens internacionais, 146 na Itália e 129 em diversos países dos cinco continentes? Não se pode dizer tudo, porque as palavras se esgotam diante de um testemunho tão rico de amor a Deus e à missão.

Além de um forte missionário, ele foi grande escritor e entre os vários temas estão a família e a eucaristia. É dele a frase “a família é célula de base da sociedade”; como também “A Igreja vive da Eucaristia.”

Há ainda sua sensibilidade para com os jovens. Ele criou a jornada mundial da juventude, que permanece na Igreja como um momento de evangelização e catequese da juventude. Sua vida também inspira muitos santos missionários até hoje.

Dois missionários mártires: Luís Versiglia e Calisto Caravário

Luís Versiglia e Calisto Caravário foram sacerdotes salesianos e entregaram suas vidas pela evangelização dos menos favorecidos e em especial os jovens, assim como Dom Bosco ensinou desde a fundação da Congregação Salesiana.

Ambos uniram-se em missão na China: Dom Versiglio, tornou-se bispo em 1921, já em terras chinesas; e Caravário o encontrou em Turim – Itália e lhe disse: “Eu vou segui-lo para a China”, e assim fez, realizando sua missão até 1929 junto com o bispo.

Na época em que evangelizaram na China, a missão foi fortalecida pela conversão, catequese e batismo de muitas pessoas. Mas também constantemente ameaçada pela China comunista e pelos piratas que assaltavam os barcos em missão.

Em uma das missões, atravessando o rio, eles foram parados por piratas que exigiram uma grande quantia em dinheiro ou matariam a todos. Sem condições de pagar, os dois religiosos foram executados pelos piratas em 25 de março de 1930.

No entanto, os próprios piratas disseram:

“São coisas inexplicáveis; já vimos de tudo… todos temem a morte. Estes dois, porém, morreram contentes…”.

A vida dos dois salvou os demais e os dois foram canonizados juntos por São João Paulo II.

Vidas santas inspiram missionários

São muitos os testemunhos desses cinco santos missionários, porque suas vidas deixaram muitas sementes de vida para toda a Igreja.

Peçamos, então, ao Espírito Santo:

O desapego de São Francisco; a simplicidade de Santa Teresinha; o amor à Igreja e à Eucaristia de São João Paulo II; e a coragem dos santos mártires Luís Versiglia e Calisto Caravário, para que um dia estejamos entre os santos missionários.

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