Qual a diferença entre o Dízimo e a Oferta na missa?
 Qual a diferença entre o Dízimo e a Oferta na missa?

 Qual a diferença entre o Dízimo e a Oferta na missa?

Em: 01/02/2024

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Categorias: Paróquia Sto Antonio Blog


A Igreja católica é sustentada pela graça de Deus e essa graça se reflete nas doações recebidas através do Dízimo e das ofertas dos fiéis.

Porém, poucos sabem o que realmente é o dízimo e qual a diferença deste para as ofertas coletadas em cada missa.

Foi pensando nisso que trouxemos neste texto a importância desse ato para a Igreja Católica, mas, também, o seu valor espiritual na vida de cada um de nós.

Se você tem dúvidas sobre o que é o dízimo e o que ele representa para um cristão, continue lendo.

O dízimo não é uma invenção humana, mas uma inspiração divina

Há quem acredite que a Igreja católica foi a grande inventora do dízimo, mas isso não é verdade.

O dízimo está presente desde os primórdios da existência do povo de Deus e é narrado muitíssimas vezes nas Sagradas Escrituras. Vejamos: “Abraão deu ao Senhor a décima parte de tudo” (Gen. 14,20).

Jacó disse: “Eu te darei a décima parte de tudo o que me deres” (Gen. 28,22).

Através do profeta Malaquias, Javé reclama do povo a oferta do dízimo, e lhe faz a ousada proposta de fazer a experiência do dízimo, como sinal de confiança nas graças que somente ele, Javé, pode dar.

 Diz Javé: “Vocês perguntam: Em que te enganamos?¹ No dízimo e na contribuição. Vocês estão ameaçados de maldição, e mesmo assim estão me enganando, vocês e a nação inteira! Tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo. Façam essa experiência comigo. Vocês hão de ver, então, que abrirei as comportas do céu, e derramarei sobre vocês as minhas bênçãos de fartura” (MI 3,8-10).

Essas e outras passagens já nos servem de referência para que percebamos que o dízimo é antes de tudo uma inspiração divina no coração do homem.

A Igreja necessita de nossa oferta material

Não nos enganemos! A nossa oferta material é sinal da providência divina e do cumprimento da promessa de Jesus que disse aos seus apóstolos: “Estarei convosco todos os dias até os confins do mundo” (Mt 28, 20).

Enquanto estivermos aqui na terra, necessitaremos, em alguma medida, daquilo que é material.

Algumas pessoas acham que a Igreja por se tratar de uma instituição Divina não deveria preocupar-se com  o dinheiro e com a  realidade material. De fato, a Igreja confia plenamente que a obra divina é o próprio Deus quem a sustenta.

Porém, é necessário compreendermos que o sustento de Deus para a Igreja passa pela generosidade de cada um de nós. E que Deus em sua infinita sabedoria algo nos ensina através dessa condição.

Ao falar dos mandamentos da Igreja, o Catecismo nos explica: “[…] O quinto preceito (‘prover as necessidades da Igreja, segundo os legítimos usos e costumes e as determinações’) aponta ainda aos fiéis a obrigação de prover, às necessidades materiais da Igreja consoante as possibilidades de cada um.” (cf. CIC, § 2043).

Dessa forma, embora sendo divina, enquanto a Igreja de Cristo estiver instalada aqui, no mundo material, dependerá de um sustento também material.

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A importância do dízimo

O dízimo tem uma importante missão para os católicos: sustentar e amparar a missão da Igreja fundada e deixada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Porém, o ato de dar o dízimo na Igreja revela algo ainda mais excelso: o reconhecimento da bondade e generosidade de Deus presentes em nossas vidas.

Quando contribuímos com o dízimo na Igreja devolvemos a Deus aquilo que, por bondade,  Ele nos deu.

Pois bem, esse ato de dar a Deus uma parte daquilo que Ele nos deu é uma demonstração de nossa gratidão pelo Seu amor e misericórdia por nós.

Pensando assim, o dízimo é a ação mais nobre de todo Cristão que reconhece a sua invalidez perante a grandeza de Deus. Sim, sem Deus e sem os seus cuidados, não sobreviveríamos um dia sequer.

Sendo Deus o detentor de todas as graças, Ele não necessita de nosso dinheiro, nós que necessitamos em tudo Dele. Dessa maneira, O Senhor recebe nosso gesto como um ato de amor pois somente o amor é capaz de retribuir.

Sabendo que nada do que possuímos está à altura de Deus, o que mais conta não é o nosso dinheiro, mas sim a intenção que está por trás dessa demonstração material.

Portanto, muito mais do que “dar dinheiro a Igreja” como muitos pensam, o dízimo é a prova viva de que fomos tocados pela graça de Deus e que somos imensamente gratos por isso.

O dízimo é diferente da oferta que damos durante a Santa missa

Diferentemente da oferta na missa, o dízimo nos convida à fidelidade e ao comprometimento com a vontade de Deus. Por isso, não se resume a um ato isolado, como a oferta que damos na missa que pode ou não ser realizada. O dízimo é um laço firme e que é constantemente alimentado pelo amor.

Somente o amor é capaz de nos fazer permanecer fiéis. Sendo assim, aquele que contribui com o dízimo na Igreja não o faz quando bem entende mas possui, de certa forma, uma aliança com Deus.

Isso não quer dizer que as ofertas na missa não sejam pequenos atos de amor, mas embora sejam unidas a oferta do nosso coração e assim terem um sentido espiritual, as ofertas podem ser esporádicas.

Tanto a oferta na Missa quanto a contribuição do dízimo demonstra nosso compromisso com o reino de Deus.

A grande diferença das duas contribuições está na formalidade. A oferta na missa é uma ação avulsa enquanto que o dízimo é um ação registrada junto a Secretaria da Igreja mensalmente. Não como uma obrigação, mas como aliança atestada pela Igreja sobre alguém que compreende que é justo que devolvamos a Deus uma parte daquilo que Ele mesmo nos deu.

Portanto, tanto a oferta doada nas missas quanto o dízimo têm a sua importância, porém são coisas distintas.

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