As tecnologias e as redes sociais: um caminho de presença plena
As tecnologias e as redes sociais: um caminho de presença plena

As tecnologias e as redes sociais: um caminho de presença plena

Em: 19/10/2023

Por: Thiago Caminada

Categorias: Obras Sociais Blog


Artigo publicado no Jornal da Paróquia São Cristóvão e Jornal InformaSul de outubro.

As tecnologias digitais, a internet e as redes sociais são parte de nosso mundo e nossas vidas. Mesmo quem não tenha uma conta na rede social, está lá presente nas fotos e vídeos de amigos, nos registros de eventos e nos dados que deixamos em outras plataformas digitais como os e-mails, o Google e o próprio WhatsApp. As tecnologias e suas redes apresentam grandes vantagens para reunir pessoas distantes, reencontrar amigos antigos, brincar, jogar, aprender e ensinar. Assim como em outros ambientes, como no trabalho, na igreja e na família, exigem algumas regras de boa convivência, ou de boa presença.

Recentemente, a Igreja lançou um bonito documento sobre Comunicação e a presença nas redes sociais. Com o nome “Rumo à presença plena: Uma reflexão pastoral sobre a participação nas redes sociais”, o texto reflete um pouco do que é o pensamento do Papa Francisco sobre o tema e nos dá grandes dicas de como podemos e devemos participar nas redes sociais digitais. Trazemos então alguns cuidados e perigos e algumas sugestões de como bem viver, formar comunidade e exercer uma presença plena nas nossas redes.

A grande chave de acordo com o documento é a humanização de nossas redes. Por isso, um dos grandes alertas do documento é a hostilidade nas redes sociais. Podemos nos questionar sempre: esse comportamento que estou tendo nas redes, eu faria olhando no olho das pessoas? Meu comportamento une, gera comunhão, alerta ou orienta? Outro perigo destacado no documento é o de se fechar em nossos grupos, nossas bolhas e criarmos tribos digitais alheias à realidade e que excluem as pessoas. Passo importante para não cair na superficialidade, nas polêmicas e nas mentiras. E aí nos questionamos: os grupos do qual faço parte se preocupam com os irmãos de nossa comunidade? O que aqui compartilhamos e escrevemos gera união ou divisão?

Antes de encerrar, convém dizer sobre as boas práticas. O documento do Vaticano vai chamar de “Estilo distintivo”. Ou seja, um estilo diferenciado de estar nas redes sociais: interagir e evangelizar em favor de uma cultura do encontro. A cultura do encontro é um pedido do Papa Francisco para que a Igreja e as pessoas saiam em busca do outro, em busca do próximo. Encontrar requer respeitar as diferenças, estabelecer relações cordiais e a basear nossas ações na verdade.

Por isso, quando vemos que as redes estão se tornando um ambiente perigoso e violento é preciso perguntar: qual nossa parcela de contribuição nessa realidade? Não são apenas as pessoas que controlam grandes páginas e publicam muitos conteúdos. É preciso que sejamos influenciadores da cultura do encontro, mesmo nas nossas relações mais triviais e cotidianas. Influenciadores e influenciadoras em favor de redes mais humanas e preocupadas com o nosso próximo.

Comentar