Entrevista: Lauane Meireles, ex-educanda, fala de sua experiência no Dom Bosco de Joinville
Entrevista: Lauane Meireles, ex-educanda, fala de sua experiência no Dom Bosco de Joinville

Entrevista: Lauane Meireles, ex-educanda, fala de sua experiência no Dom Bosco de Joinville

Em: 29/08/2024

Por: Centro Educacional Dom Bosco

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1. Qual foi a sua principal motivação para ingressar no Centro Educacional Dom Bosco?

Minha motivação surgiu do desejo da minha mãe de me ver aprendendo algo novo e me tornasse alguém na vida. Sempre quis trabalhar mesmo bem novinha, já tinha essa ansiedade em querer ajudar minha família financeiramente, mas minha mãe não permitia, sempre dizia que não era para eu me tornar alguém como ela, limpando a casa das pessoas, ficando doente com pouca idade e recebendo pouco. Quando entrei no curso de Informática no Dom Bosco, percebi que realmente era possível seguir um caminho diferente e construir um futuro melhor.

2. Como você descreveria o impacto do Centro Educacional Dom Bosco na sua vida pessoal e profissional?

Minha experiência no Dom Bosco foi muito além do aprendizado técnico. Os ensinamentos que recebi foram fundamentais para a formação do meu caráter, me ensinando a ser grata à vida, às pessoas e às oportunidades. Minha história não pode ser contada sem mencionar o período que vivi no Dom Bosco.

3. Você pode compartilhar um pouco algum sonho que alcançou e como a sua experiência no Centro Educacional ajudou a realizá-lo?

Durante meu curso no Dom Bosco, aprendi a criar um painel semântico, onde você coloca em forma de imagens, palavras e frases os seus sonhos, objetivos de vida e sentimentos. Na época, fiz o meu, mesmo sem ter certeza de que tudo se realizaria. Anos se passaram, e até hoje tenho esse painel. Há 11 anos, escrevi nele que queria tirar minha carteira de motorista, e consegui. Queria comprar uma câmera de fotos profissionais, e comprei. Queria comprar um carro, e comprei. Desejava ter sucesso na minha carreira profissional, hoje posso dizer que isso também se tornou realidade. Se eu não tivesse criado aquele painel semântico anos atrás, talvez nada disso teria se tornado meu foco, e eu não teria trilhado meus sonhos nem conseguido visualizar meus objetivos com tanta clareza. Tem mais sonhos que consegui realizar, graças ao painel formado anos atrás, mas esses foram os mais marcantes para mim.

4. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou durante sua trajetória no Centro Educacional Dom Bosco e como os superou?

Meu maior desafio foi o trajeto que eu fazia, quando fiz meu curso de Administração. Eu fazia curso de manhã, trabalhava como menor aprendiz e estudava no ensino médio a noite, morava no Itinga em Araquari, acordava 05h30 da manhã, saia de casa 06h30min e tinha que andar por 1,5km para chegar no ponto de ônibus, chegava no Dom Bosco umas 07h50, tomava café e ia para aula, do curso eu ia para a empresa e trabalhava até as 17h30, tinha que sair bem rapidinho porque tinha que chegar a tempo até a escola que ficava no Itinga, chegava na escola por volta das 19h00min, e saia umas 22h30min, por fim chegava em casa umas 23h30 preparava tudo para o dia seguinte e ia dormir, essa foi minha rotina por 02 anos, que era o período do curso. A forma que superei essa rotina exaustiva foi a influência que tive com amigos que andavam na mesma direção que eu, isso fazia com que eu não usasse do vitimismo para autossabotar, sabia que essa batalha não era só eu que enfrentava, isso me fez enxergar que, toda essa rotina de segunda a sexta, uma hora ia dar resultado, mal sabia eu que, já estava dando resultados.

5. Há algum momento específico ou uma experiência marcante durante o tempo no Centro Educacional que você gostaria de destacar?

Tive muitos momentos marcantes, como os dias de olimpíadas, gincana mariana, feira das empresas, dia do desafio e dia da gratidão. Nesses momentos, sentia que não estava sozinha, que podia me socializar, perder a timidez, me expressar e fazer novos amigos. Isso me fez perceber que, apesar das dificuldades, eu não era a única enfrentando desafios.

6. Como os educadores e a equipe do Centro Educacional Dom Bosco contribuíram para o seu desenvolvimento?

Todos os educadores sempre foram maravilhosos comigo. Lembro de um momento especial em que, durante um intervalo, estava sentada nos bancos do pátio e uma educadora veio conversar comigo. Ela me disse que eu estava vivendo a melhor oportunidade da minha vida para descobrir minha vocação e entender qual era o meu propósito. Ela sugeriu que eu aproveitasse todas as oficinas disponíveis no Dom Bosco, como dança, música e artes, para explorar se minha vocação era artística ou administrativa. Naquela época, participei de tudo o que pude, e sou extremamente grata por esse conselho que me tirou da zona de conforto e me ajudou a descobrir o que eu queria fazer na vida.

Outro momento marcante foi quando estava sentada nas escadas do Dom Bosco e outra educadora veio falar comigo sobre inspiração. Ela me disse que sempre teremos alguém para nos inspirar, e que, se eu ainda não tinha, seria importante encontrar pessoas que me motivassem. Isso me ajudaria a não perder o foco, a olhar para alguém e pensar: “Essa pessoa é excelente, quero um dia chegar perto do que ela é hoje.” Esse conselho fez todo o sentido para mim, e desde então, sempre busco referências em pessoas que me inspiram e que me ajudam a traçar o caminho para onde quero chegar.

Esses foram alguns dos momentos que mais me marcaram, embora eu tenha vivido muitos outros significativos.

7. Você participou de algum projeto ou atividade especial enquanto estava no Centro Educacional que teve um impacto significativo em sua vida?

Quando participei da oficina de dança, tive a oportunidade de participar de eventos como o Festival de Dança Sacra, o Festival da Arca da Aliança e de dançar nos palcos abertos do Festival de Dança de Joinville. Essa experiência foi fundamental para minha vida, pois me ensinou que, ao dançar em grupo, o resultado depende do esforço coletivo. Trabalhar em equipe, ser companheiro e compreender que cada pessoa tem seu próprio ritmo de aprendizado são lições que levo comigo até hoje. Coordenar equipes é como uma dança, para alcançar a excelência nos resultados, é necessário o esforço conjunto de todos.

8. Qual é o conselho que você daria para os atuais educandos do Centro Educacional Dom Bosco que estão buscando alcançar seus próprios sonhos?

Mesmo que muitas vezes seja difícil sair de casa, seja por conflitos familiares ou pelas condições em que você se encontra, não desista, persista e insista, não pelos outros, mas por você. Nunca abra mão dos seus sonhos e mantenha sempre em mente os seus objetivos. O caminho pode ser extremamente difícil, mas posso garantir que valerá a pena. Falta só mais um pouco para sua vida mudar. Seja grato por tudo o que fizer na sua vida, o mundo está carente de gratidão, e demonstrar esse sentimento é um sinal de força.

9. Como você vê o papel do Centro Educacional Dom Bosco na formação de futuros profissionais e cidadãos?

Viver Dom Bosco foi uma das melhores experiências da minha vida. Ela moldou meu caráter, me ensinou a ser grata e, principalmente, me preparou para o mercado de trabalho. Guardo no coração cada aula e ensinamento que recebi, desde a criação de um currículo até a preparação para entrevistas, habilidades que carrego comigo até hoje. O papel da instituição é fundamental na vida de muitos jovens e adolescentes, não apenas pela formação pedagógica, mas também pelo desenvolvimento humano.

10. Você ainda mantém contato com colegas ou educadores do Centro Educacional? Como essas conexões ainda influenciam sua vida hoje?

Tenho pouco contato com os educadores, muitos não estão mais no Dom Bosco, mas acompanho suas rotinas pelas redes sociais. Quanto às amigas que conheci durante o curso, mantenho contato até hoje. Ver que nossos objetivos se concretizaram fortalece ainda mais o significado que o Dom Bosco tem em nossas vidas.

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