A vida e santidade de Zeferino Namuncurá
A vida e santidade de Zeferino Namuncurá

A vida e santidade de Zeferino Namuncurá

Em: 08/11/2023

Por: Lavínia Pimpão

Categorias: Portal Blog


Zeferino Namuncurá é exemplo da força transformadora contida na acolhida salesiana para com os jovens. O pequeno indígena da Argentina foi vítima de perseguição e preconceito por causa de sua origem e experimentou a vivência fraterna, amorosa e transformadora do pátio salesiano. A proposta educativo-pastoral dos Salesianos de Dom Bosco fez nascer no coração de Zeferino uma genuína vocação à santidade. Mesmo antes de sua beatificação, o jovem despertou grande devoção popular em terras argentinas.

De etnia mapuche, Zeferino nasceu em 26 de agosto de 1886, em Chimpay, na Província de Rio Negro, Argentina. Filho da chilena Rosario Burgos e cacique mapuche Manuel Namuncurá. Com um ano de idade foi batizado pelo missionário salesiano padre Domingo Milanesio. Aos onze anos, pediu ao sacerdote que o enviasse para a capital, pois queria estudar e retornar à aldeia para ajudar ao seu povo.

Chegando em Buenos Aires, seu pai o inscreve em uma escola militar. Três meses depois, o menino pede ao pai para sair da escola, porque não gostava do ambiente e da profissão. Aconselhado por um amigo, Manuel Namuncurá matricula Zeferino na escola dos Salesianos, no bairro de Almagro. O garoto é inscrito no internato em 20 de setembro de 1897. No ambiente educativo salesiano, o jovem indígena sente-se acolhido e pode desenvolver suas habilidades. Zeferino Namuncurá era bom aluno, aprendeu rapidamente o castelhano e o catecismo, seguia os passos de Dom Bosco para tornar-se bom cristão e honesto cidadão. Em 1989, recebeu a primeira eucaristia e crisma.

Em 1902, contrai tuberculose e Dom Cagliero decide transferir Zeferino para Viedma. Segue os estudos no Colégio São Francisco de Sales e torna-se paciente na região da Patagônia do padre salesiano e médico Evasio Garrone e do irmão, hoje santo, Artemides Zatti. Tendo iniciado o processo de formação para ser um salesiano, Zefereno Namuncurá é transferido para Turim, na Itália, aos 17 anos, em 1904. Em 27 de setembro daquele ano, em Roma, o menino conhece ao Papa Pio X em um encontro dos Salesianos de Dom Bosco com o Santo Padre. O jovem mapuche faz um discurso ao pontífice e lhe entrega um poncho de sua etnia e o papa lhe retribuiu o presente com uma medalha.

Mesmo com a mudança para a Europa, a saúde do jovem mapuche piora. Mesmo sendo atendido pelo médico pessoal do papa, Zeferino Namuncurá morre em 11 de maio de 1905, em Roma, ao lado de Dom Cagliero. Mesmo com a forte devoção popular na Argentina, o jovem mapuche só é beatificado pelo papa Bento XVI, em 7 de julho de 2007.

Oração ao Beato Zeferino Namuncurá
Senhor, te agradecemos por ter chamado à vida e à fé ao pequeno Zeferino, filho dos povos originários da América do Sul. Ele, alimentando-se do Pão da Vida, soube te responder, de todo o coração,
vivendo sempre como discípulo e missionário do Reino. Ele, quis ser útil ao seu povo, abraçando o seu Evangelho e tomando sua cruz todos os dias para te seguir nos fatos humildes da vida cotidiana.
Pedimos, por sua intercessão, que recorde-se de nós que ainda peregrinamos neste mundo.
(pedimos silenciosamente intenções de melhorar a sua saúde e a da sua família)
Que possamos também aprender com ele: seu amor determinado pela família e pela terra; a generosa e alegre dedicação a todos os irmãos; o seu espírito de reconciliação e de comunhão, para que um dia celebremos com ele e todos os santos a eterna Páscoa do céu.
Amém

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