São Francisco Xavier: Conheça melhor o padroeiro da nossa Diocese

Antes de mais nada, São Francisco Xavier foi um importante missionário católico, tanto que a Igreja o considera um “gigante da evangelização”.

Ele nasceu em 7 de abril de 1506, no castelo de Xavier, em Navarra, norte da Espanha. Pertencente a uma família nobre, seu pai, Juan de Jassu, era presidente do Conselho Real de Navarra.

Logo, Francisco foi enviado por sua família para a universidade em Paris, em 1525. E foi então que ele teve a oportunidade de conhecer Santo Inácio de Loyola, com quem estudou e se formou em Teologia.

E foi a convivência com Inácio de Loyola que plantou em Francisco Xavier a semente da vocação missionária. Portanto, na primavera de 1539, ele participou da fundação de uma nova Ordem religiosa, chamada “Companhia de Jesus”.

A missão nas Índias Orientais

Francisco Xavier foi um homem de grande fé e determinação, e como parte da Companhia de Jesus, o sacerdote Francisco Xavier, em 1541, partiu em missão para as Índias Orientais.

Contudo, ele foi para lá a pedido do Papa Paulo III, que queria promover a evangelização daquelas terras, na época, conquistadas pelos portugueses.

Logo, a viagem para as Índias durou cerca de 3 meses. E não foi nada fácil: a comida era escassa, o calor era intenso e as tempestades eram frequentes.

Assim que chegou a Goa, em maio de 1542, Francisco Xavier escolheu como casa o hospital da cidade. E cama ele não tinha, preferia passar as noites ao lado do paciente mais grave.

Desde então, dedicou-se exclusivamente à assistência daqueles que são excluídos da sociedade: os doentes, os prisioneiros, os escravos, os menores abandonados.

Mas, especialmente para as crianças, Francisco Xavier inventou um novo método de ensino do Catecismo. Sai pelas ruas tocando um sininho para chamar a atenção dos pequenos. Depois, reunia as crianças na igreja e, em versos, cantava os princípios da Doutrina católica. Assim, ele lhes facilitou a aprendizagem.

Além disso, Francisco passou onze anos viajando pelas Índias Orientais, pregando o evangelho e convertendo pessoas ao cristianismo, incluindo muitos reis e príncipes.

A missão de Francisco Xavier no Japão e na China

Em 1547, o santo encontrou um fugitivo japonês, Hanjiro, que estava ansioso para se converter ao cristianismo.  E isso despertou em Francisco o desejo de evangelizar no Japão.

Ali chegou em 1549 e, embora soubesse da pena de morte em vigor para quem administrasse o sacramento do Batismo, o religioso espanhol fundou uma comunidade de centenas de cristãos.

Rapidamente, ele entrou nas relações das mais importantes famílias do Império do Sol Nascente. Porém, não teve sucesso no contato com o imperador e com o Shogum, que não aceitavam as suas práticas religiosas.

Depois disso, Francisco Xavier seguiu para a Etiópia, onde conquistou o imperador e a imperatriz. E então pôde mover-se com facilidade nos círculos de poder da nação.

Logo, a passagem do Japão para a China foi quase natural. Em 1552, conseguiu chegar à ilha de Shangchuan, onde tentou embarcar para Cantão. Mas uma febre imprevista se abateu sobre ele.

Então, extenuado pelo cansaço e pelo frio, Francisco Xavier faleceu na madrugada do dia 3 de dezembro daquele mesmo ano. Contudo, depositaram seu corpo em um caixão cheio de cal, sem nem mesmo uma cruz como lembrança de que era cristão.

Dois anos depois, seu corpo, íntegro e intacto, foi trasladado para a igreja do Bom Jesus de Goa, onde passou a receber veneração dos fiéis. E uma das suas relíquias – o antebraço direito – encontra-se conservada na igreja de Jesus, em Roma, desde 1614.

A Igreja o beatificou em 1619 e o canonizou em 1622.

Fatos interessantes sobre São Francisco Xavier

São Francisco Xavier é considerado um dos santos mais importantes da Igreja Católica.  Ele é o padroeiro das missões e por isso frequentemente invocado por missionários.

Com seu testemunho, ele nos ensina que podemos fazer a diferença no mundo se estivermos dispostos a dedicar nossas vidas ao serviço de Deus e do próximo.

Esse missionário foi um homem de grande inteligência e cultura. Falava várias línguas, incluindo o português, espanhol, latim, grego e o hebraico. Jamais teve medo de enfrentar perigos e adversidades em sua missão.

São Francisco Xavier e a Diocese de Joinville

Além de ser o padroeiro das missões, o santo é também o padroeiro da Diocese de Joinville.

Assim, a nossa diocese foi criada no dia 17 de janeiro de 1927, pelo Papa Pio XI, pela Bula “Inter Praecipuas”.

O primeiro bispo de Joinville foi Dom Pio de Freitas Silveira, que chegou à cidade em agosto de 1929.

Logo, documentos históricos relatam que assim que chegou a informação sobre a nomeação do bispo da Diocese de Joinville, no dia 25 de janeiro de 1929, o sino da Catedral São Francisco Xavier soava a cada quinze minutos para demonstrar alegria.

Contudo, Dom Pio chegou a bordo de um navio, em São Francisco do Sul. E alguns representantes da Comissão que havia sido formada recepcionaram o bispo que foi saudado pela multidão que acompanhava aquele momento histórico.

Dom Pio de Freitas embarcou em uma lancha que o traria até o Centro de Joinville. Porém, por conta da maré baixa, ele teve que descer no cais do bairro Bucarein.

Todavia, Pio de Freitas pastoreou a Diocese de Joinville até 1954. E depois dele, outros 4 bispos assumiram a missão de pastorear a nossa diocese. São eles:

• Dom Gregório Warmeling (de 1957 a 1994);
• Dom Orlando Brandes (de 1994 a 2006);
• Dom Irineu Roque Scherer (de 2007 a 2016)
• Dom Francisco Carlos Bach (de 2017 até os dias atuais).

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