Ano Vocacional: você sabe a sua importância?
Ano Vocacional: você sabe a sua importância?

Ano Vocacional: você sabe a sua importância?

Em: 05/02/2023

Por: raphael

Categorias: Vocacional Blog


A Igreja Católica no Brasil está vivendo o 3º Ano Vocacional. Este importante evento começou em 20 de novembro de 2022 e se estende até o dia 26 de novembro de 2023. Mas, afinal, o que é um Ano Vocacional? Qual o seu sentido e objetivo?

Se estas são suas dúvidas, vamos ajudar a descobrir as respostas. Então, vamos partir do princípio: tema e lema.

“Vocação: Graça e Missão”

O tema deste 3º Ano Vocacional é “Vocação: Graça e Missão”. E o lema é: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33).

Contudo, você já deve estar se perguntando: de onde veio esta inspiração e qual o significado? Logo, é isso que vamos explicar agora!

“Vocação: Graça e Missão”, este tema está fundamentado em algumas palavras do Documento Final do Sínodo (nº 78), que diz: “A vocação aparece realmente como um dom de graça e de aliança, como o mais belo e precioso segredo de nossa liberdade”.

Além disso, é inspirado em um texto bíblico do Evangelho de São Marcos: “Jesus chamou e enviou os que ele mesmo quis” (Mc 3,13-19).

Já o lema do 3º Ano Vocacional, “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32,33), de acordo com o texto-base, recorda os discípulos de Emaús. Neste sentido, “o coração que arde ao escutar a Palavra do Ressuscitado e os pés que se colocam a caminho para anunciar o encontro com o Cristo”.

Sendo assim, explica o texto-base: “entre o coração que arde ao escutar a Palavra do Ressuscitado e os pés que se colocam a caminho para anunciar o encontro com o Cristo, temos a parada, o sentar-se à mesa, o pão repartido, a partilha, a comunhão, um gesto fundamental que faz os olhos se abrirem”.

Logo, o 3º Ano Vocacional quer nos levar a refletir: O que faz meu coração arder? E os meus pés, diante de que realidade se colocam a caminho?

Objetivos do Ano Vocacional

O texto-base para o 3º Ano Vocacional explica que o objetivo é “promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade”. Mas por quê? “Para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.

Além disso, alguns objetivos específicos norteiam o 3º Ano Vocacional. São eles:

  • “Cultivar uma sensibilidade vocacional que favoreça a compreensão de que toda espiritualidade, toda a atividade pastoral e toda a formação são vocacionais”.

Essas palavras acima são do Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit.

  • “Aprofundar a Teologia da Graça e da Missão dentro da pedagogia vocacional, que gere discernimento e respostas concretas ao chamado divino, com liberdade e responsabilidade”.

Ou seja, tanto na vida pessoal como na vida pastoral, não podemos perder de vista a Graça e a Missão.

  • “Fortalecer a consciência do discipulado missionário de todos os batizados e batizadas, levando-os a reconhecer e assumir também a identidade vocacional da vida laical como uma forma própria e específica de viver a santidade batismal a serviço do Reino de Deus” (Documento de Aparecida, nº184).

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Ou seja, o Ano Vocacional quer recordar que todo batizado tem sua vocação na Igreja.

  • “Acompanhar cada jovem, de modo personalizado, numa maior proximidade e compreensão, favorecendo seu protagonismo e o impulsionando ao serviço generoso e à missão”.
  • “Despertar vocações à Vida Consagrada e ao Ministério Ordenado, Vida Familiar, acompanhando-as num processo de formação integral, para que sejam sempre fiéis ao seguimento de Jesus e à missão de servir com alegria, em comunhão, tornando visível o Reino de Deus, de vida plena para todos”.
  • “Intensificar a prática da oração pelas vocações em todos os âmbitos: pessoal, familiar e comunitário”.
  • “Fomentar, nos âmbitos regional, diocesano e paroquial, um serviço de animação vocacional articulado, com a criação e consolidação de Equipes Vocacionais Paroquiais e Diocesanas, dentro de uma pastoral orgânica, na sinodalidade, envolvendo todas as vocações”.

3º Ano Vocacional: vocação – resposta de amor

O Ano Vocacional deve nos fazer entender que viver a vocação é uma resposta de amor.

O Documento de Aparecida (nº 42), afirma que “só quem reconhece a Deus, conhece a realidade e pode responder a ela de modo adequado e realmente humano”. E que “necessitamos fazer-nos discípulos dóceis para aprendermos dele [Jesus], em seu seguimento, a dignidade e a plenitude da vida”.

Logo, o amor nos leva a amar, nos põe no caminho de Jesus que, não tendo onde repousar a cabeça, seguiu amando e servindo (cf. Mt 8,20).

Sendo assim, é a diversidade de dons e carismas que se manifestam nas diferentes vocações existentes na Igreja que formam a unidade do amor que se manifesta na vida de cada um.

Por isso que o Documento de Aparecida (nº 111) afirma: “A própria vocação, a própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e o serviço ao mundo”.

Por que preciso viver o Ano Vocacional?

O Ano Vocacional deve nos levar a refletir sobre o papel e a identidade de cada vocação. E como isso pode impactar em nossa vida?

Impacta porque nossa vocação é uma resposta a uma iniciativa de Deus.

Dom João Francisco Slam, Bispo de Novo Hamburgo (RS) e presidente da Comissão dos Ministérios Ordenados e da Vida Consagrada da CNBB, explicou em entrevista ao Vatican News: “Só o fato de a gente existir, mesmo sem ter consciência disso, a gente é uma resposta a uma iniciativa de Deus, que Deus está antes de tudo”.

E então voltamos àquele ponto que o Ano Vocacional nos propõe como reflexão sobre a vocação: como tenho respondido a esta iniciativa de Deus?

Ou seja, preciso compreender minha vocação, seja ela como leigo ou como consagrado a Deus, e então analisar como tem sido minha resposta a Ele.

E sobre isso, Dom João Francisco Slam expõe: “Cada vocação, tem que ser valorizada, identificada, por cada pessoa. Eu só me entendo, me descubro na minha identidade diante de outras identidades. Quanto mais eu entendo das outras vocações, mais eu vou entender a minha”.

Além disso, a vocação precisa ser compreendida como entrega, é ser fermento, sal e luz no mundo, no meu cotidiano.

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