São Cristóvão: conheça a história do nosso co-padroeiro

São Cristóvão é uma figura bem conhecida, principalmente entre os motoristas. Representamos a sua imagem como um homem forte que carrega o Menino Jesus nos ombros ao atravessar um rio, por isso o seu nome: Cristóvão – carregador de Cristo. 

Mas você sabe a verdadeira história desse santo e por que ele é o padroeiro dos motoristas? Além de que, nossa paróquia tem a alegria de tê-lo como co-padroeiro. Vamos conhecê-lo melhor e nos preparar para celebrar sua memória com muita gratidão.

São Cristóvão, um gigante a serviço do rei!

Segundo conta a Santa Igreja, a história de São Cristóvão se origina de lendas hagiográficas e sua devoção se tornou muito forte no meio do povo de Deus. Logo, a Igreja se preocupou em contar sua história da melhor maneira possível. Então, vamos a ela!

Conta a tradição que o verdadeiro nome de Cristóvão era Reprobus. Isso porque a sua altura e força era grande o suficiente para chamar muita atenção, ao ponto que o apelidavam de gigante. Sendo assim reconhecido, Reprobus queria servir ao rei mais poderoso do mundo.

No entanto, ao encontrar com esse rei poderoso, percebeu que ele, ao escutar o canto que falava sobre o diabo, fazia o sinal da cruz. Logo, Reprobus perguntou o motivo daquele gesto e o rei, então, respondeu que tinha medo do diabo e que apenas a cruz o protegia do maligno. 

Sendo assim, o gigante foi em busca do diabo, já que ele amedrontava o rei. Não demorou muito e o encontrou. Porém, quando passaram por uma rua onde havia uma cruz, o diabo desviou o caminho, então Reprobus perguntou-lhe por que não passou perto da Cruz. 

E o diabo reconheceu que era por causa de Cristo, contou-lhe a história sobre a morte do salvador, e Reprobus percebeu que estava servindo ao rei errado. 

São Cristóvão passou a procurar por Cristo!

Após ouvir falar de Cristo, Cristóvão passou a procurá-Lo. Certo dia, encontrou um eremita que contou toda a história da salvação para o santo e deu-lhe o primeiro conhecimento sobre a fé. Em certo momento, o eremita disse para Cristóvão que ele precisava jejuar, rezar bastante e oferecer sacrifícios a Deus pela salvação das almas.

Mas São Cristóvão respondeu ao eremita que era incapaz de jejuar, mas se dispôs a realizar outra coisa. Foi quando o eremita lhe disse:

“Conheces o rio em que muitos peregrinos se arriscam e morrem?”.

E o santo respondeu que conhecia! 

Então, o eremita propôs que Cristóvão atravessasse as pessoas como ato de caridade. Isso agradaria ao Senhor e Ele mesmo iria se manifestar para o santo. Aí começou a travessia de Cristóvão passando as pessoas pelo rio sobre suas costas. 

Enquanto repousava em sua cabana, certa vez ouviu várias vezes uma criança o chamando:

“Cristóvão, vem cá fora! Leva-me para o outro lado!”.

E Cristóvão saiu sem demora, até que encontrou, às margens do rio, uma criança querendo realizar a travessia.

Cristóvão carrega o mundo em suas costas!

Sem questionar, ele colocou o menino sobre os ombros, apoiou-se no báculo e entrou no rio. Porém, à medida que caminhava, a criança se tornava mais pesada, parecia que o santo carregava chumbo, tamanho era o peso que o santo temeu se afogar. 

Mas, com grande esforço, escapou, atravessou o rio, colocou a criança na margem e disse-lhe:

“Pequeno, tu me puseste em grandes apuros! Pesaste-me tanto que, mesmo que tivera sobre mim o mundo inteiro, não poderia carregar peso maior”. 

Para seu espanto, a criança respondeu:

“Não te espantes, tu tiveste sobre os ombros não só o mundo inteiro, mas também o Criador do mundo. Eu sou Cristo, teu Rei, a quem tens servido nesta obra.”

E o Menino deu uma prova de quem era para o santo. Jesus orientou o santo que enterrasse o cajado ao lado de seu casebre, e que pela manhã o veria florescido e cheio de frutos. Depois da promessa, a criança desapareceu. 

Ao voltar para casa, Cristóvão fez exatamente o que a criança falou e, ao levantar-se de manhã, o encontrou carregado de folhas e tâmaras, como se fosse uma palmeira. De fato, Cristóvão carregou Cristo em seus ombros e foi visitado por seus favores.

O milagre do cajado 

Após esse encontro divino, São Cristovão partiu para Lícia ao encontro de cristãos que estavam presos. Lá foi descoberto, apanhou muito dos perseguidores e, quando todos achavam que ele estava morto, clamou por Cristo, jogou o seu cajado no chão pedindo a Jesus Cristo que o florisse novamente e assim aconteceu diante de mais de 8 mil pessoas.

Essa situação causou surpresa em todos e levaram São Cristóvão ao rei, que tentou de todas as maneiras fazer com que desistisse e renunciasse a sua fé. Mas ele permaneceu inabalável na fé, assim como a força do seu corpo. 

Após várias tentativas do rei, acabaram por parar São Cristóvão somente decapitando esse grande homem! Assim ele tonou-se um mártir! Depois desse fato, a fama do santo se espalhou rapidamente, chegou em todos os lugares do mundo e até hoje é reconhecido por ter levado o Senhor em seus ombros.

O Co-padroeiro com Santo Antônio!

Por toda a sua história, São Cristóvão é aclamado como o padroeiro dos motoristas e dos viajantes. Sua memória é comemorada dia 25 de julho em diversas paróquias espalhadas no mundo inteiro; ele é muito popular e querido pelos cristãos.

E nossa paróquia tem a imensa alegria de tê-lo como copadroeiro, porque antes de ser elevada à Paróquia, ela era conhecida como a igreja dos motoristas. Por isso São Cristóvão tem um lugar todo especial no coração dos paroquianos e na comunidade.

Tanto que no dia 23 de Julho, a Paróquia Santo Antônio celebra uma Missa Festiva a São Cristóvão às 09h e em seguida, o padre fará a bênção dos automóveis e motoristas.

Então, que tal pedir a intercessão desse grande homem, cheio de disposição e caridade que encontrou-se com o verdadeiro Rei de sua vida: 

“Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança, porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e segurança no guidão do meu carro e enfrentarei corajosamente todas as correntezas que eu encontrar, venham elas dos homens ou do espírito infernal.

Conheça também a história do nosso Padroeiro Santo Antônio!